4 minutos e 10 segundos
(este post estava destinado ao 'delete', mas lá acabei por recuar na decisão)
Walk ... in silence ...
Domingo ... fim de tarde.
Eu e a Sonia apanhamo-nos sozinhas em casa. A Raquel tinha ido afiar as garras e a Elsa estava a voar.
Decidimos ver o primeiro filme do qual eu me dei ao trabalho de fazer download.
(oops que isto não era para dizer)
Desde que saiu, que andava doida para o ver, mas a disponibilidade não foi amiga. Primeiro o curso Ryanair, depois a preocupação de arrumar uma vida para trazer para Charleroi ... Ver o filme dobrado em francês estava fora de questão e as visitas a Portugal passaram-no sempre, sempre para segundo plano.
Já na casa nova, decidi 'oferecer' o filme à Sonia que também não o tinha visto.
Control ... sobre os Joy Division e, sobretudo, a vida do Ian Curtis. Bandinha esta que me lembra muito quando a mana Marta e os amigos de então ouviam coisinhas boas que eu ia gamando do quarto dela para aprofundar o meu conhecimento musical.
Depois de uma sesta bem merecida ... Corri as persianas para criar o ambiente e voltei a aninhar-me no sofá abraçada à almofada.
- You're getting ready to fall asleep again, aren't you?
- Oh come on Sonia ... is Control. Not just some stupid sunday movie ...
- Yeah, you're right ... let's watch it then. I'm too excited ... I love Ian Curtis so much!
Bom, sem eu dar por ela (por estar tão embrenhada na história), a Sonia começou logo a verter lágrimas na parte em que o Ian Curtis se vira para a mulher dele, na rua, e comenta que não se importava que ela (a mulher, portanto) estivesse com outros homens ... ao que a Debbie pergunta, 'Why? You don't love me anymore?', e ao que o Ian Curtis responde ... 'I don't think i do.' ... começa a ouvir-se a Love Will Tear Us Apart (a favorita dela).
Diz que daí em diante não parou.
Eu? ... Eu tinha tanto de atenta como de descontraída e foi assim mesmo que fui apanhada na curva já no fim do filme, depois do Ian Curtis decidir suicidar-se.
A Debbie entra em casa ... ouve-se um grito desconcertante ... e começa a Atmosphere (que é só assim por acaso, mas só por acaso mesmo, a minha favorita). Pronto ... foi vê-las umas atrás das outras ... sem dó nem piedade e sem que eu tivesse dado permissão. Chorei em silêncio até ao fim dos créditos.
Tanto eu como a Sonia não dissemos absolutamente nada. Levantamo-nos e cada uma foi para o respectivo quarto, passando assim para o estado 'compulsivo'.
Palavra de honra que não consegui pôr-lhes travão ...
Na meia hora seguinte, só se ouviam narizes a fungar com suspiros profundos pelo meio.
... don't walk away in silence ...
- Hey Sara, can I smoke a cigarette in your room? ... Is just too much. And Love really is bullshit and 'will tear us apart' always.
É neste ponto que as nossas almas divergem um bocado (muito).
Eu gosto de acreditar que 'sim' ( ... que Ele anda por aí) e ela nem por isso.
De qualquer das formas, a Atmosphere é A minha música de Joy Division.
A melodia do baixo introduz uma percursão sublime tal qual a vocalização calma e anestesiante do Ian Curtis, aumentando de força a meio para terminar com um ambiente do mais celestial e bonito que se possa imaginar.
... endless taking ...
Uma coisa é certa, nos próximos tempos não vou conseguir ouvir esta música com a tranquilidade com que costumava. E confesso até que das últimas vezes que a ouvi, o nozinho na garganta desprendeu-se e a lagriminha voltou a saltar olhos fora.
... life rebuilding ...
Walk ... in silence ...
Domingo ... fim de tarde.
Eu e a Sonia apanhamo-nos sozinhas em casa. A Raquel tinha ido afiar as garras e a Elsa estava a voar.
Decidimos ver o primeiro filme do qual eu me dei ao trabalho de fazer download.
(oops que isto não era para dizer)
Desde que saiu, que andava doida para o ver, mas a disponibilidade não foi amiga. Primeiro o curso Ryanair, depois a preocupação de arrumar uma vida para trazer para Charleroi ... Ver o filme dobrado em francês estava fora de questão e as visitas a Portugal passaram-no sempre, sempre para segundo plano.
Já na casa nova, decidi 'oferecer' o filme à Sonia que também não o tinha visto.
Control ... sobre os Joy Division e, sobretudo, a vida do Ian Curtis. Bandinha esta que me lembra muito quando a mana Marta e os amigos de então ouviam coisinhas boas que eu ia gamando do quarto dela para aprofundar o meu conhecimento musical.
Depois de uma sesta bem merecida ... Corri as persianas para criar o ambiente e voltei a aninhar-me no sofá abraçada à almofada.
- You're getting ready to fall asleep again, aren't you?
- Oh come on Sonia ... is Control. Not just some stupid sunday movie ...
- Yeah, you're right ... let's watch it then. I'm too excited ... I love Ian Curtis so much!
Bom, sem eu dar por ela (por estar tão embrenhada na história), a Sonia começou logo a verter lágrimas na parte em que o Ian Curtis se vira para a mulher dele, na rua, e comenta que não se importava que ela (a mulher, portanto) estivesse com outros homens ... ao que a Debbie pergunta, 'Why? You don't love me anymore?', e ao que o Ian Curtis responde ... 'I don't think i do.' ... começa a ouvir-se a Love Will Tear Us Apart (a favorita dela).
Diz que daí em diante não parou.
Eu? ... Eu tinha tanto de atenta como de descontraída e foi assim mesmo que fui apanhada na curva já no fim do filme, depois do Ian Curtis decidir suicidar-se.
A Debbie entra em casa ... ouve-se um grito desconcertante ... e começa a Atmosphere (que é só assim por acaso, mas só por acaso mesmo, a minha favorita). Pronto ... foi vê-las umas atrás das outras ... sem dó nem piedade e sem que eu tivesse dado permissão. Chorei em silêncio até ao fim dos créditos.
Tanto eu como a Sonia não dissemos absolutamente nada. Levantamo-nos e cada uma foi para o respectivo quarto, passando assim para o estado 'compulsivo'.
Palavra de honra que não consegui pôr-lhes travão ...
Na meia hora seguinte, só se ouviam narizes a fungar com suspiros profundos pelo meio.
... don't walk away in silence ...
- Hey Sara, can I smoke a cigarette in your room? ... Is just too much. And Love really is bullshit and 'will tear us apart' always.
É neste ponto que as nossas almas divergem um bocado (muito).
Eu gosto de acreditar que 'sim' ( ... que Ele anda por aí) e ela nem por isso.
De qualquer das formas, a Atmosphere é A minha música de Joy Division.
A melodia do baixo introduz uma percursão sublime tal qual a vocalização calma e anestesiante do Ian Curtis, aumentando de força a meio para terminar com um ambiente do mais celestial e bonito que se possa imaginar.
... endless taking ...
Uma coisa é certa, nos próximos tempos não vou conseguir ouvir esta música com a tranquilidade com que costumava. E confesso até que das últimas vezes que a ouvi, o nozinho na garganta desprendeu-se e a lagriminha voltou a saltar olhos fora.
Joy Division - Atmosphere
... life rebuilding ...
5 comentários:
Cá está... "a" musica... já passou N vezes nos meus espaços e não a canso de ouvir......
Faz mal.... mas é como um alerta... para quem? sei lá....
Beijo grande miuda.... and Don´t walk way... Let me go first.
P.S. - http://www.fromearthtomars.blogspot.com/ (o musical lol)
No matter how cold the winter, there's a springtime ahead ...
True ...
a chorar com o Atmosphere... tadinha... mas realmente, só não é A minha porque A minha é o Something must break!!!
'uil iú méri mi'?
... lembrei-me disto agora. Talvez por teres sido o compincha de secretária mais melhor bom que tive nos anos da escola.
És o maior! Beijo fofo ...
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