O Madeiro do Carvalhal ...
Natal, Natal, Natal, Natal, filhoses com vinho não fazem mal.
Aqui por terras beirãs, uma linda caraterística do Natal é o chamado 'madeiro'.
O primeiro sinal de Natal era dado pelos rapazes com idade para irem à inspecção para o serviço militar. Como ainda hoje acontece, cabia-lhes arranjar o madeiro, três ou quatro árvores com que na noite da Consoada se fazia uma enorme fogueira à porta da igreja para aquecer o Menino Jesus e animar a rapaziada. Enquanto batiam com uns maços compridos na lenha a arder, gritando “madeiro, madeirinho” e faziam saltar milhares de faúlhas luminosas, as cantigas improvisadas iam muitas vezes parar ao refrão “Natal, Natal, filhoses com vinho não fazem mal". (ah pois não!)

Está percebido o que é o 'madeiro'? Muito bem! Assim sendo, vou falar do madeiro que interessa ... o do Carvalhal.
Este ano, a rambóia pós-jantar de Consoada teve o nome de 'Madeiro On Wheels'.
As gentes do Fundão são dotadas de uma inteligência/esperteza extrema, sobretudo o meu David (o canino mai lindo e rau-tau-tau existente na minha Vida) que decidiu fazer o 'rally' aos madeiros de bina/bicicleta. Porquê de bina? Porque não limita o consumo de álcool, pois está claro! É que por aqui à noite faz algum códão e há que manter o corpo quentinho. Mais ... se o senhor agente da autoridade quiser fazer uma operação stop para avaliar o grau de embriaguez do indivíduo, este basta saltar da bina e caminhando a seu lado, conseguirá escapar a uma coima por conduzir supostamente embriagado. Ideia ssspetacular!
Depois de chegar da terra do meu pai, a Enxabarda (sim, é o nome de uma terra lá para os confins da Serra da Gardunha), agarrei no tão amado jipe microondas de quatro rodas da mãe Ana e lá fui eu em direcção ao gang das duas rodas.
Já várias pessoas me perguntaram, Como assim sair na noite de Natal, que é o dia de reunião da família? ... ora, o convívio com os amigos também é importante,bolas. Quanto mais não seja para partilharmos os presentes recebidos ... os belos dos envelopes dos avós, os chocolates, a bela da cueca ou peúga ... faqueiros???
Bem, como o madeiro do Fundão estava muito fraquinho (diz'que a Igreja foi pintada há pouco tempo e há que preservar por algum tempo o branco da fachada), não pensámos duas vezes e seguimos para o madeiro do Carvalhal a apitar e a buzinar estrada fora comigo a fazer de carro vassoura, não fosse algum deles ter um azar a meio do caminho.
Valverde e Carvalhal são duas terreolas próximas que são dotadas de uma energia assim para o spetacular e especial. Festas de Verão e madeiros como devem de ser são ali.
Chegados ao Carvalhal, o primeiro ponto de passagem obrogatório não é o madeiro, mas sim 'O Espanhol' que é um barzito que nestes eventos está sempre a abarrotar de gente. Bolas ... e ali era mesmo Natal.
De bolsos felizes com as notas oferecidas pelos avós, chegamos ao balcão e pedimos e oferecemos umas quantas minis, ginjinhas e martinis. Siga para a roda do madeiro confraternizar com a rapaziada.
É sempre uma fase da noite maravilhosa, porque quem sai à rua já vem com um estado de embriaguez considerável e, como o madeiro emana 'aquele' quentinho, o pessoal ainda mais fermentado fica ... e fumado também, porque as roupas no dia seguinte ficam com um cheirinho que ... ui!
Uma grade de 'minis', vinho tinto do bom (Quinta dos Currais), pão caseiro, presunto e o (um elemento importantíssimo para fazer o pessoal rebolar a rir) Sílvio Roque e está garantido um espalhanço de magia brutal na noite de Natal.
Passam-se os anos ... e juízo nenhum! Repetem-se histórias das quais nos rimos com mais força que nos outros anos, as gargalhas são mais estridentes com as tosquices de cada um, toca-se o sino da Igreja até que a 'guita' se parta e, a aquecer o rabo com a bebida na mão, voam cerca de várias horas.
Senti-me completa e quentinha, porque vocês ... bem, vocês são 'tan bunitos!'.
p.s. Peço desculpa pela qualidade das imagens, mas eu própria já estava bem 'acomodada'
Aqui por terras beirãs, uma linda caraterística do Natal é o chamado 'madeiro'.
O primeiro sinal de Natal era dado pelos rapazes com idade para irem à inspecção para o serviço militar. Como ainda hoje acontece, cabia-lhes arranjar o madeiro, três ou quatro árvores com que na noite da Consoada se fazia uma enorme fogueira à porta da igreja para aquecer o Menino Jesus e animar a rapaziada. Enquanto batiam com uns maços compridos na lenha a arder, gritando “madeiro, madeirinho” e faziam saltar milhares de faúlhas luminosas, as cantigas improvisadas iam muitas vezes parar ao refrão “Natal, Natal, filhoses com vinho não fazem mal". (ah pois não!)
Este ano, a rambóia pós-jantar de Consoada teve o nome de 'Madeiro On Wheels'.
As gentes do Fundão são dotadas de uma inteligência/esperteza extrema, sobretudo o meu David (o canino mai lindo e rau-tau-tau existente na minha Vida) que decidiu fazer o 'rally' aos madeiros de bina/bicicleta. Porquê de bina? Porque não limita o consumo de álcool, pois está claro! É que por aqui à noite faz algum códão e há que manter o corpo quentinho. Mais ... se o senhor agente da autoridade quiser fazer uma operação stop para avaliar o grau de embriaguez do indivíduo, este basta saltar da bina e caminhando a seu lado, conseguirá escapar a uma coima por conduzir supostamente embriagado. Ideia ssspetacular!
Depois de chegar da terra do meu pai, a Enxabarda (sim, é o nome de uma terra lá para os confins da Serra da Gardunha), agarrei no tão amado jipe microondas de quatro rodas da mãe Ana e lá fui eu em direcção ao gang das duas rodas.
Já várias pessoas me perguntaram, Como assim sair na noite de Natal, que é o dia de reunião da família? ... ora, o convívio com os amigos também é importante,bolas. Quanto mais não seja para partilharmos os presentes recebidos ... os belos dos envelopes dos avós, os chocolates, a bela da cueca ou peúga ... faqueiros???
Bem, como o madeiro do Fundão estava muito fraquinho (diz'que a Igreja foi pintada há pouco tempo e há que preservar por algum tempo o branco da fachada), não pensámos duas vezes e seguimos para o madeiro do Carvalhal a apitar e a buzinar estrada fora comigo a fazer de carro vassoura, não fosse algum deles ter um azar a meio do caminho.
Valverde e Carvalhal são duas terreolas próximas que são dotadas de uma energia assim para o spetacular e especial. Festas de Verão e madeiros como devem de ser são ali.
Chegados ao Carvalhal, o primeiro ponto de passagem obrogatório não é o madeiro, mas sim 'O Espanhol' que é um barzito que nestes eventos está sempre a abarrotar de gente. Bolas ... e ali era mesmo Natal.
De bolsos felizes com as notas oferecidas pelos avós, chegamos ao balcão e pedimos e oferecemos umas quantas minis, ginjinhas e martinis. Siga para a roda do madeiro confraternizar com a rapaziada.
É sempre uma fase da noite maravilhosa, porque quem sai à rua já vem com um estado de embriaguez considerável e, como o madeiro emana 'aquele' quentinho, o pessoal ainda mais fermentado fica ... e fumado também, porque as roupas no dia seguinte ficam com um cheirinho que ... ui!
o 'gajo' recebeu o faqueiro a dominar o madeiro
Passam-se os anos ... e juízo nenhum! Repetem-se histórias das quais nos rimos com mais força que nos outros anos, as gargalhas são mais estridentes com as tosquices de cada um, toca-se o sino da Igreja até que a 'guita' se parta e, a aquecer o rabo com a bebida na mão, voam cerca de várias horas.
p.s. Peço desculpa pela qualidade das imagens, mas eu própria já estava bem 'acomodada'
2 comentários:
ola. sou leitora assídua do teu blog, mas por nenhuma razao em especial nc comentei, neste post acho k devo, pois sou daí mesmo.. da terriola chamada Carvalhal...acredita k festas de verao, madeiros, e uma carrada de maluquinhos ,somos os melhores!!! costumo dizer k n ha melhor presente (pra mim) do k estar com o cu virado para o madeiro a beber o belo do favaios e rir com os amigos.. n ha dinheiro k pague essa noite. tlv por k esteja habituada a ter o melhor madeiro a 2 passos de casa... ainda bem k gostaste e espero k venhatu e mais uma catrafada deles... gostamos disso.
ps: gosto mto dos teus posts e da boa energia k transmites neles.. sao..hum.. fofinhos. lol
ps (outro):
o "barzito" k dá pelo nome de Espanhol, nao está apenas a abarrotar de gente nesses eventos...pra sorte nossa e azar da concorrencia,, é o melhor bar do mundo... todos os dias...
beijinho
Ora ... então tenho uma testemunha de como tudo o que escrevi é bem verdade. :)
As noites à volta desse madeiro em especial são sempre qualquer coisa. Daí ficar-me sempre por lá e por lá terminar a noite/madrugada.
Obrigada pelas palavras. Beijão gordinho!
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