18 de junho de 2008

hoje, no ano homólogo

Porque nos dez dias anteriores tive a enorme honra de ter uma das melhores semanas da minha Vida;

Porque o amor à banda conseguiu levar cerca de 40 portugueses (todos conhecidos entre si) à mesma loucura ... ir a Londres;

Porque partilhei o quarto com a Adriana, Martinha, Sara, Pikão, Rui, Pedro 'eduardo' e Pedro 'alive';

Porque chegar a uma pensão e ter a cama feita por 3 homens não é para qualquer rapariga;

Porque o cheiro das sapatilhas de um deles proporcionou as maiores risadas no quarto;

Porque adorei as passeatas ridículas pelas ruas de Londres na companhia desta gente toda, e mais umas quantas;

Porque vimos a traseira do Stone a fazer jogging no Hyde Park no dia anterior;

Porque o concerto foi também motivo para um reencontro com amigos especiais;

Porque as cerca de 14h de espera à chuva e vento à porta do Wembley foram únicas (sobretudo quando se tem um 'Donkey' do Shrek, saído num Happy Meal, nas mãos);

Porque nunca ninguém se lembrou de comprar um guarda-sol no LIDL (que nem chegou a ser estreado) para proteger da chuva;

Porque a presença do Sérgio e da Marisa foi um incógnita até à a abertura das portas do pavilhão;

Porque a plateia estava praticamente preenchida por membros 10 Club;

Porque olhar à volta, num pavilhão repleto de gente, e ver imensas bandeiras portuguesas é qualquer coisa de extraordinário;

Porque ver a banda entrar em palco, enquanto se ouvia a Master/Slave, e começar a Long Road mais estrondosa que ouvi em toda a minha Vida, estando rodeada de amigos e sentir o coração explodir, é uma sensação estupidamente brutal;

Porque ouvir a Indifference ao vivo foi absolutamente lindo;

Porque nessa noite tirou-se a fotografia de família mais fofa da história;

Porque a Liberdade é uma maluca que sabe o quanto vale um beijo;

Porque andar de avião nunca mais foi a mesma coisa depois de uma pardalita se ter lembrado de fazer crowdsurf a 30 000 mil pés;



Porque com tudo isto, ver Pearl Jam na Wembley Arena, em Londres, não se repete ou tão pouco se esquece ...

[ depois de rever as fotografias e recordar todos os momentos, está na hora de pôr play no Podinho e ouvir o concerto uma vez mais ]

15 de junho de 2008

:)

Bolas, sinto-me feliz!

- Portugal perdeu, ok ... mas pronto, dei mais valor à tarde em si que passei na casa do Luís (pt), Elvira (es), Javier (es) e Rebecca (es). Mais um barbecue cheio de nível (!);

- Um telefonema que fiz a meio da tarde sossegou-me o coração ao saber que estás bem e que estiveste no 'teu' Alentejo com muito boa companhia durante o fim-de-semana;

- A vitória dos Turcos trouxe um ponto extremamente positivo para a noite de hoje em Charleroi ... Juntamente com o Salvatore (it) e Teresa (it), regressámos a casa na maior das calmas, sem qualquer receio que alguém nos moesse o juízo a meio do caminho. Estavam (e estão, porque os berros e buzinas ainda entram pelo estúdio adentro) completamente eufóricos e amistosos;

- Um e-mail rasgou-me um sorriso ao confirmar que estás em grande, priminha ... Fico muito, muito feliz por ti (mesmo)! E o meu Amizade, esse então, é a melhor das companhias;

- E, pela primeira vez em três semanas, o corpo pede descanso antes das três da manhã.

Se vocês estão felizes, também eu estou ... Tanto me basta.

[ OST deste post, a minha já muito compincha 'Vox Humana' de Riding Pânico ]

13 de junho de 2008

"Coisas grandes amarelas e roxas com janelas e que andam em cima de outras coisas compridas, que tocam em fios no alto.. e às vezes fazem trimtrim"

A morar há praticamente dez anos em Lisboa, acho que este foi o primeiro em que não estive presente na noite dos Santos ...

Saudades, só portugueses
Conseguem senti-las bem.
Porque têm essa palavra
Para dizer que as têm.

As pernas sentiram a falta de palmilhar Lisboa duas, três e até quatro vezes (às vezes) de uma ponta à outra ...

Não há verdade na vida
Que se não diga a mentir.
Há quem apresse a subida
Para descer a sorrir.

Faltou estar sentada no muro do Castelo de S. Jorge e contemplar a vista nocturna sobre a cidade ...

Do teu ombro vejo o Mundo, é Lisboa em todo o lado.

Senti falta de espreitar as quadras na banca dos manjericos, no Largo do Camões ...

O manjerico e a bandeira
Que há no cravo de papel —
Tudo isso enche a noite inteira,
Ó boca de sangue e mel.

Senti falta das multidões, dos esfreganços forçados e dos empurrões ... Do bairro da Bica e dos bailaricos ...

No baile em que dançam todos
Alguém fica sem dançar.
Melhor é não ir ao baile
Do que estar lá sem lá estar.

Sobretudo, das danças à 'prossional' com o meu Amizade ...

Meia volta, toda a volta,
Muitas voltas de dançar...
Quem tem sonhos por escolta
Não é capaz de parar.

Fizeram-me falta o vinho, a sangria e a cerveja ...

A vida é um hospital
Onde quase tudo falta.
Por isso ninguém te cura
E morrer é que é ter alta.

Da companhia dos amigos então nem se fala ...

Todos lá vão para a festa
Com um grande azul de céu.
Nada resta, nada resta...
Resta sim, que resta eu!

E hoje, enquanto sentia a falta disto tudo, coincidência ou não, recebo em muito boa hora duas imagens estupidamente lindas e quentinhas (responsáveis pela publicação deste post assim como pelo título mais comprido na história deste blog) ...

Depois do dia vem noite,
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vêm as saudades que havia.

[ com o nome delicioso, "Coisas grandes amarelas e roxas com janelas e que andam em cima de outras coisas compridas, que tocam em fios no alto..e às vezes fazem trimtrim" x 4, por Vasco Bila ]

[ do mesmo e temporariamente sem nome ... já sabes o que tens de fazer, miúdo ;) ]

- Quadras ao Gosto Popular, Fernando Pessoa;
-
Lisboa (para quem não sabe, é a terceira cena a vermelho, a única que não é quadra, portanto), André Henriques.


p.s. Obrigada, Vasco. :)

8 de junho de 2008

O melhor de Portugal em Bruxelas

Onde, em Bruxelas, é que os emigras fazem ajuntamento para ver a equipa nacional jogar?
Em qualquer tasco na Place Flagey, a zona bruxelesa mais portuguesa.

No fim-de-semana, fugi de Charleroi e juntei-me aos tugas fundanenses que por lá andam ...

Tequinho (a estagiar há um mês num atelier de arquitectura)
João Amaro e Joana (a morar há dois anos, um trabalha para o Ambiente e a outra está a fazer um doutoramento)
André Amaro e Laurinda (vieram coçar a micose para a Bélgica)

A estes pardalitos juntaram-se mais 26 que trabalham no Parlamento e Comissão (muito chique!) e, no Le Roi du Poulet, a abarrotar de portugueses, fize'ra'mos a festa, 'a'mandamos os foguetes e apanharam'os' as canas no dia do primeiro jogo de Portugal para o Euro 2008.

Segue-se o relato tamagochiano feito ao longo da tarde.





[ Não sabia que 'leitão' em françuguês se dizia 'cochon de lait' ... achei um mimo! ]

[ 'tá giro, o 'puto'! ]

[ comeu-se muito e muitíssimo bem e, quanto aos 'bebes' ... Super Bock e café Delta, claro ]

No fim do jogo, a festa na Place Flagey não ficou muito atrás da do Marquês de Pombal ...

4 de junho de 2008

É tão bom ...

Kira: What is 'writing'?
Jen: Words that stay.

Dos filmes alternativos que a Elsa me obriga a ver quando estou no estúdio dela, não consegui esquecer este curto diálogo no The Dark Crystal, uma preciosidade de 1982 do Jim Henson, o pai da Rua Sésamo, d'Os Marretas e do delicioso, e tão por mim adorado, Fraggle Rock.

A citação tão simples (mas forte) em comunhão com a bonecada, levou-me ao Sérgio Godinho e a'Os Amigos do Gaspar ...

Porque sei que se preocupam comigo e que gostam muito de mim (mesmo quando fechada a sete chaves na concha), deixo aqui sobre forma escrita, visual e auditiva (para que não esqueçam nunca) o quanto o sentimento deste lado é absoluta e indiscutivelmente recíproco.

Para os Amigos da Sara e sobretudo para ti (com quem oiço sempre esta música no Zé Polos quando fazemos aquelas viagens parvas) ... dedico esta contagiante É Tão Bom gravada no Teatro Maria Matos, a uns passinhos do meu ninho lisboeta.



Vale a pena ver castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
P'ra dentro do barco rumo à maravilha
E pé ante pé desembarcar na ilha

Pássaros de cores que nunca vi
Que o arco-íris queria para si
Eu vi o que quis ver afinal

É tão bom uma Amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom p'ra mim e é bom p'ra quem tão bem me quer

Vale a pena ver o mundo aqui do alto
Vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo às mil maravilhas
Na terra as montanhas e no mar as ilhas

Queremos ir à lua mas voltar
Convém dar a curva sem se derrapar
Na avenida do luar

É tão bom uma Amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom p'ra mim e é bom p'ra quem tão bem me quer