26 de outubro de 2007

Grunge Party II

Transcrevo um excerto da Black Red Yellow (de Pearl Jam, óbvio) que define o meu estado de espírito para este post ...

Hormones firing like a fifty foot Roman, yeah.

A primeira foi tremenda e a pressão para fazer a segunda foi enOOOOOrme ...

É hoje, a partir das 23h, a segunda Festa Grunge no Santiago Alquimista ... e eu estou tão, mas tão, mas tão tão caídinha lá!

Vou vingar a ausência internacional do meu Carlos Diaz, Takeshi & Pri, Sandra, Emily & Tania que, literalmente, espalharam muita magia na pista de dança.

23 de outubro de 2007

Chocolate,
o meu primeiro destino ...


Neste momento, encontro-me a espalhar magia na loja dos Lambelhos ... no Fundão.

A tarde até está calma. As três patroas aqui do barraco estão fora, diz que foram ao Porto. A mãe Ana, a tia São e a mana Marta andam pela Exponor. Patroas fora, dia santo na loja. (já diziam os antigos)

O Álvaro está sossegadito, ainda não falou sobre o seu Benfica; as piquenas Ana e Laura não andam a correr pela loja a fora carregadas de catálogos para satisfazer o gosto exigente dos clientes; também não oiço a máquina de 'triturar' chaves assim como não oiço de todo a máquina registadora ... É a crise, dedicai-vos mas é à pesca pah ... , diz um empreiteiro espirituoso.

Mas vamos ao que interessa.

O tão esperado curso da Ryanair vai começar no dia 6 de Novembro, no Porto. Já tenho boa parte da papelada em ordem, assim como casinha para ficar durante as seis semanas do curso.

E já tenho, também, (esta é a novidade) informação sobre a Base para onde vou assim que acabar o curso e iniciar esta minha nova aventura como Assistente de Bordo.

Então, diz que vou para a Bélgica, para Bruxelas, para o aeroporto de Charleroi, por pelo menos três meses. Se não me der bem com aquilo, parece que posso choramingar por outra base.

Assim que li o email lembrei-me imediatamente dos chocolates belgas ... qual viciada por essa criação do Demo. Meu deus, e eu que amo profundamente Guylian! Bem, logo de seguida lembrei-me da Adriana, detentora de um blog com um nome lindo ... Given To Fly e compincha do Norte com quem partilhei quarto em Londres aquando o concerto dos Pearl Jam. Foi para Bruxelas fazer Erasmus, e ao que parece, está a adorar! :)

Ele há coisas ... Eu já andava entusiasmada a ler as aventuras dela por terras belgas e já tinha comentado que um dia destes haveria de sair do ninho e lançar-me à aventura. Pois que o início d'A aventura vai começar mesmo na Bélgica ...

Confesso que já andava a alimentar a ideia de Itália, dos caninos estilosos, das massas e das pizzas, dos cappuccinos, dos macchiattos ... Mas o chocolate parece-me tão bem!



p.s. oh Adriana, conta-me coisas ... os Belgas valem a pena?

22 de outubro de 2007

...

Uma corridinha (curta e sofrida) de vinte e cinco minutos com o canino Davi e um convívio 'excessivo', mas altamente transbordante de boa disposição com alguns caninos mimosos do Triatlo, fizeram explodir a vontade de recuperar a minha macheza há demasiado perdida.

Chegar às onze e tal da noite a casa e ter plena consciência de que o imenso cansaço que carrego é única e exclusivamente físico, cria em mim um sentimento altamente desanuviante, libertador, porreiro e spetacular!

Com toda a convicção e determinação que sinto neste momento, acabo de decidir que vou retomar as minhas corridinhas e, consequentemente, regrar a minha indisciplinada alimentação.

Abaixo assino, comprometendo-me a esforçar por cumprir no futuro o já supracitado.

Sara Lambelho Martins

[ Ora bolas, canino ... sem saberes, era mesmo de uma sequência destas que eu estava a precisar para libertar 'aquela' tensão acumulada. Adorei o serão na casa do Pais. Um grande bem haja, mê lindo! ]

21 de outubro de 2007

My Wave

Duvido que exista alguma banda que tenha um som semelhante ao dos Soundgarden ... São puros, únicos e provavelmente a banda que se ergue no terceiro lugar no pódio das minhas bandas favoritas.
Tenho para mim que o Chris Cornell detem um poder de escrita que é uma coisa absurda ... Natural, directa e incisiva.

Do SuperUnknown, sempre foi a minha favorita.
O refrão associo-o quase sempre a uma frase que era bastante utilizada pelo Sérgio 'Joe' em noites de rambóia por terras de Coimbra ... Se não estás a curtir, baza da minha zona!

Save it, just keep it off my wave ...



Take, if you want a slice
If you want a piece
If it feels alright

Break, if you like the sound
If it gets you up
If it brings you down

Share, if it makes you sleep
If it sets you free
If it helps you breathe

Don't come over here
And piss on my gate
Save it, just keep it
Off my wave

Cry, if you want to cry
If it helps you see
If it clears your eyes

Hate, if you want to hate
If it keeps you safe
If it makes you brave

Pray, if you want to pray
If you like to kneel
If you like to lay

Don't come over here
And piss on my gate
Save it, just keep it
Off my wave

Keep it off my wave
Keep it off my wave
Keep it off my wave

My wave

(...)

13 de outubro de 2007

Olha ... é mais um anjinho no Céu ...
(mana Marta)
[ São as palavras mais bonitas que ouvi sobre a Perda de hoje que, pelos vistos, se tornava cada vez mais inevitável.
O video é a versão visual & auditiva mais bonita que pode existir deste Senhor. Para mim, ironicamente confortante.
Quis apenas partilhar com vocês ... os mesmos que comigo partilharam a notícia. ]


12 de outubro de 2007

Tu-ru
ru-ru-ru ... ;)

Obstinado, humilde e modesto ... são os adjectivos que caracterizam o Homem que tive o prilvilégio de conhecer pessoalmente, hoje, graças ao canino mai bunito.

p.s. o video dedico-o ao Tequinho. (tu-ru ru-ru-ru ... tu-ru ru-ru-ru ...)

5 de outubro de 2007

I feel so high the sky I scrape ...

Dear Sara Martins
Congratulations you have been accepted for a place on our Cabin Crew training course and subsequent employment with Workforce International contracted to Ryanair.


E pronto ... assim se dá o início à realização de uma pancada que me assaltava o espírito há bastantes meses.
Há que referir que bichinho da Aviação corre-me nas veias desde que me lembro de existir ... Ele era o pai Fernando, o piloto mais lindo e dedicado que a Força Aérea alguma vez teve e que ainda chegou a espalhar toda a sua magia na falecida Air Atlantis; ela era a tia Fernanda, qual mulherão que foi das primeiras mulheres pára-quedistas, assim como das primeiras a ser brevetada, que existiu neste país nos Anos 70; ele era o primo Nuno que também foi pára-quedista e que ainda chegou a ser largado borda fora do avião pelo meu pai; ele é o mano Miguel que nunca quis ser mais nada na vida senão piloto (qual bombeiro ou polícia), é de há dois anos para cá um miúdo brevetado, está a concluir o curso de Piloto de Linha Aérea e quando o fizer, a TAP (de momento, a companhia ele mais ambiciona) que se ponha a pau com ele. Enfim, uma família that was (really!) given to fly!

E eu? Depois de sonhar que haveria de ser Jornalista para entrevistar (e saltitar de concerto em concerto ... qual roadie de) todas as bandas de música que eu mais adoro, assentei os pés no chão e aos dezoito anos achei que devia ser Tradutora de filmes, séries e livros (já existentes e que haveriam de surgir). A meio de um curso muito sofrido e ignorado (confesso) descobri, nos textos técnicos sobre Aviação, que fazia todo o sentido entrar na área. Seguiu-se um ano e meio de back-office na TMN onde, acima de tudo, aprendi a ser responsável no que toca a cumprir horários e a fazer o desmame financeiro dos pais. Mas andorinha que é andorinha não gosta de sentir-se engaiolada, por isso, chutei para canto e saí de lá com duas enormes amizades chocadas ... a minha Patrícia e o meu Rosinhas. Foi com esta flor tão catita do meu jardim que ainda concorri para Assistente de Bordo para a TAP no ano passado. Qual grunha, fiquei logo para trás nas primeiras entrevistas porque não estava preparada para as exigências de imagem que a Companhia tanto apregoa. 'Traquilo, no pasa nada!'. Depois de um jantar a quatro (com o Rosinhas como elemento fulcral), a sorte levou-me à Portway para me maravilhar com os preciosos deveres de uma Técnica de Assistência em Escala, mais conhecido como Assistente em Terra ( ... ou como alguém achou piada quando o nome soou a Assistente En'Terra).
A minha formadora bem avisou no primeiro dia de Formação ... Assim que sentirem o cheiro do querosene, vão ficar viciados e não vão querer mais mais nada na vida. ... E pois que a senhora tinha toda a razão! Com o cheiro; com os passeios frenéticos aeroporto afora; com os nascer/pôr-do-sol lindos na placa; com as aterragens e descolagens de tanta andorinha mecânica; com o sentimento único de estar na placa e maravilhar-me com a grandeza de um Boeing 777 ou 747; com os check-in's, sobretudo, da minha querida TAAG; com o deslumbramento de ver as Tripulações abrir a porta do avião; com o teste do stress e paciência ultrapassados ... E com imensas mais coisas, explodiu a fulminante vontade de deixar o chão.
Em Agosto, a incansável insistência do Pedro Amaro (colega da Portway) fez-me preencher um formulário de candidatura para Assistente de Bordo para a Ryanair. Fiz-me à pista sem medo, qual espasmo divino provocado por uma Hard Sun, um trailer soberbo de um filme com uma história brutal (Into The Wild) musicada por uma banda sonora para além de inspiradora. Fui à entrevista e fui aceite! Seguem-se um curso de 5-6 semanas no Porto e meses fora do país até eu me fartar.

Eu bem dizia ... filha de Andorinha tem que saber voar.

I am now, a human being given to fly!


Mókina


Tens cara para escolher e não para ser escolhida.


Frase tão verdadeira como incisiva, proferida pela minha Mókinas a meio de um longo telefonema madrugada adentro. Com ela ganhaste o primeiro post em tua honra ... Tardio e muito por ti reclamado, e com toda a razão do mundo! Este é só teu e de mais ninguém, miúda.

Gosto muito muito de ti! Senti-me aconchegadinha na tua excitação com a minha novidade. Aguardo-te no Sábado para te dar um grande abraço e, juntas, espalharmos magia Avenida de Roma afora.
Beijinho gordo da porquinha.

1 de outubro de 2007

Poderia ...

Poderia escrever sobre a inesperada compaixão que o meu cérebro teve pelo meu coração quando recebi uma mensagem (de)terminante de um ladrãozito com quem eu já nutria uma empatia fora de série que fazia cada vez mais sentido na minha vida. Poderia ter ficado de rastos ou poderia até ter guardado rancor ... mas não, o cérebro cortou o mal pela raíz, agarrou num dos ventrículos e lançou tudo para trás das costas.
Subtle voices in the wind,
Hear the truth they're telling
A world begins where the
road ends
Watch me leave it all behind.

(far behind ... e sem ter vontade sequer de olhar para trás ... it's guaranteed)

Poderia escrever sobre um e-mail e um telefonema que recebi no dia 20 de Setembro que poderão abrir-me as portas para a realização de um sonho primeiro pessoal e, em segundo plano, profissional.

Poderia escrever sobre o entusiasmo enorme que tive em acompanhar, a quilómetros de distância, as tão renovadoras e incríveis férias da Patrícia na praia de Odeceixe com aquelas delícias do mar tão tão, mas tão 'rau'. Meu deus, 'aquela' fotografia não me sai da cabeça, miúda!
:p

Poderia escrever sobre os sentimentos contraditórios que tive na 5ª Feira. Sobre a excitação quase que infantil por, finalmente, ter comprado a tão ansiada banda sonora do Into The Wild ... Ou sobre o ataque de fúria momentânea que tive quando, no regresso a casa (no metro e à hora de 'ponta'), me roubaram os telemóveis sem eu ter dado conta. Perdi uma quantidade estúpida de contactos que me vai dar uma dor de cabeça dos diabos para recuperar. Enfim, como sou uma miúda sortuda e rodeada de pessoas lindas (e com um telemóvel desbloqueado, mas pifado de todo para desenrascar), um par de horas depois já tinha nas mãos uma 2ª via activa do cartão (TMN). E, acabadinha de chegar ao Fundão na 6ª Feira à tarde, a Sorte bateu-me outra vez à porta com a mana Martinha a providenciar a 2ª via do cartão Vodafone ... e com o pai Fernando a disponibilizar aqui à filhota um tamagochi virgem. Não, não sou mimada ... sou sortuda.

Poderia escrever sobre uma andorinha (a mais especial de todas) que veio da praia de Odeceixe, engenhosamente trabalhada sob um seixo. Passou a ser o meu amuleto por tudo aquilo que absorveu e que passará agora a ser-me transmitido. É(s) linda ... É(s) única. Obrigada!

Poderia escrever sobre a magia brutal da banda sonora do Into The Wild. Poderia dissertar sobre a força das imagens que a acompanham (a contracapa, por exemplo, que não tem nada a ver com o filme é, para mim, a melhor fotografia que pode existir do Homem que compôs a banda sonora) e poderia escrever um longo post sobre a beleza das canções soberbamente compostas e interpretadas pelo Sr. Eddie Vedder.

Contracapa do Into The Wild

Poderia partilhar como fiquei maravilhada com o facto da minha música favorita se escrever com sete letras e ser a sétima faixa do CD. (é oficial ... dezasseis anos de fidelidade à Even Flow foram ultrapassados à primeira pela Hard Sun) Poderia escrever que o raio da música é um vício auditivo ... Arrepio-me com o vibrar das cordas nos primeiros acordes, que são deliciosamente alegres; rebento por dentro com a percursão 'lentamente' poderosa que os acompanha; disparo completamente quando surge o refrão, é lindo; encho-me de sorrisos com a voz da Corin Tucker e até mesmo com o pormenor (que eu amo!) do 'hmmmm' do Eddie Vedder antes do in the big hard world; e depois é ver embrulhar-me todinha com Aquela vocalização de aproximadamente quinze segundos do Eddie Vedder.
Poderia dizer, também, que estou apaixonadíssima pela Far Behind e pela The Wolf que é quase tão bonita quanto a Arc.
Enfim, poderia escrever muita coisa ... mesmo!

Poderia descrever o quão contente fiquei por ter apresentado o 'meu' Fundão à Patrícia ... parte da minha família, a minha quintinha, os meus rituais de fim-de-semana, os meus amigos e como me comporto ao lado deles.

Poderia escrever sobre o orgulho que senti quando, no regresso a Lisboa, parei numa área de serviço de propósito para comprar o jornal desportivo O Jogo com o objectivo de ler uma reportagem de duas páginas muito bem escritas sobre o sólido sucesso dos meninos Hi-Five.

Queria, sobretudo, escrever sobre o efeito que as horas passadas com os meus amigos na Tasca da Estação (do Fundão) tiveram sobre mim. No entanto, vejo-me obrigada a fechar este post sem o fazer, porque o sono acabou de chegar numa taça de Chocapic, regada com leite quente e uma colher de mel.