18 de janeiro de 2009

Verona
[dia 1]

A viagem começou cedo ... muito cedo! Eu e o Alessandro apanhámos o primeiro vôo da manhã para Bergamo, perto de Milão, na região da Lombardia, no Norte de Itália.
Fomos recebidos com um nascer-do-sol absolutamente lindo, com uma lua cheiona que já se começava a deitar por trás dos Alpes, mais precisamente, nos Alpes Oróbios.

Foi uma sensação engraçada passar para o lado de lá ... uma vez que sempre que voo para Bergamo, fico sempre do lado de cá, do 'lado ar' do aeroporto. Foi como se tivesse atravessado uma fronteira.

Metemo-nos no comboio e siga para a primeira paragem ... Verona!
Praticamente uma horita de viagem com uma paisagem linda, sobretudo quando passámos o Lago de Garda que é uma coisa gigantescamente lindíssima (370 km2).
Da região da Lombardia, passavamos então para a região do Veneto, onde se concentram todas as cidades que visitámos.

Verona é uma fofura! Amei e era gaja para lá ficar a morar um mesito (não tem praia, por isso é que era só um mês). E como era Domingo, ainda mais fofo se tornou porque as ruas estavam praticamente desertas ... O sol, que por vezes nos dava o toquezinho no ombro, proporcionou um passeio excelente ... super tranquilo sem empurrões nas atracções principais.

[Arena de Verona]

[interior da Arena]

Dizem que é um dos sítios com a melhor acústica do mundo. No Verão, acolhe concertos e imensas óperas.
E o video que se segue foi uma tentativa envergonhada para o provar ...


Daqui seguimos logo para o spot que me levou (e praticamente todos os turístas) a Verona ... a casinha da Julieta, mais precisamente a Varanda onde se passa um dos momentos mais bonitos da peça de Shakespeare.

[varanda da Julieta]

Ay me!
( ... )
O Romeo, Romeo! wherefore art thou Romeo?
Deny thy father and refuse thy name;
Or, if thou wilt not, be but sworn my love,
And I'll no longer be a Capulet.

[a própria da Julieta, que tem a mamoca esquerda bem luzidia de tanta mão que a esfrega]

O pequeno túnel, que dá acesso ao átrio da entrada da casa, está todo assinado pelo pessoal que por lá passa. Por cima das assinaturas vêem-se imensos papéis, papelinhos e papeletes colados, na maioria, com pastilha elástica (na falta de melhor, aqui vai disto ... e a fama do sítio prende-se precisamente com este 'doce' pormenor).
Foi uma falha minha não estar a mascar uma chewinga na altura, mas como não tinha o V ao meu lado, decidi ficar-me pelo registo fotográfico.


Depois de comprar uns quantos souvenirs na casinha em frente, seguimos para a parte que eu também mais ansiava ... COMER!
Sempre fui completamente doida por comida italiana. Pizza e massa é comigo.
O Marco, que é um piloto italiano que mora agora conosco, já é famoso na Base pela sua magnífica lasagna, porque sempre que o assunto se proporciona, eu faço questão de dizer que o gajo cozinha mesmo bem!
Adiante ...
Entrámos num tasco e o Alessandro escolheu o almoço ... pasta i fasioi que é como quem diz, massa com feijão que é um prato típico de Verona.
Bué da bom! Sabe a feijoada, mas sem o abuso das carnes. E posso dizer que depois desta pratada, não consegui comer absolutamente mais nada!

[hidratos de carbono x 3 ... ainda lhe juntei pão como fez o Alessandro]

Era então imperativo dar umas quantas mais voltas à terra para desmoer o mais possível, porque dali eu já só queria era abancar numa esplanada ao sol e arrochar a tarde inteira ...
Fomos espreitar a casa do Romeu que, para meu choque, é hoje uma casa privada. Devem ter pago pouco por ela, devem ... (haja dinheiro!).

[na tabuleta lê-se: Casa di Cagnolo Nogarola detto Romeo (sec. XIV)]


[estas tabuletas com excertos da peça Romeu & Julieta encontram-se um pouco por toda a parte da cidade]

Atravessámos a Ponte Scaligero, onde por baixo passa o rio Adige e contornámos o resto de Verona a levar com o solinho no lombo.
Ah! Fiquei a perceber porque é que os italianos têm tanto a mania dos óculos-de-sol.
Das duas uma, ou eram os meus olhos que estavam (e estão) desabituados ou, de facto e apesar dos 6ºC, o sol cega um bocado a vista.


[Ponte Scaligero]

[e a águinha era super transparente!]

Atravessámos uma das pontes que têm os cadeados do amor eterno ( ;) Sarita ), que estão pendurados num arame ao longo da ponte.
Não tirei foto por pardalice.
Entrámos muralhas adentro novamente e saímos em direcção aos comboios com destino a Pádua.

[tabuleta com o busto de Shakespeare, à saída de Verona. O excerto refere-se à parte em que o Romeu, depois de matar Tibalto, é banido para Mântua.
Sim, porque eu sei a peça de trás para a frente!]

2 comentários:

Anónimo disse...

Definitivamente, Itália tem de constar das minhas rotas num futuro breve!

Uindo! :heart:

miguel taborda disse...

tu é que a curtes!