(sem qualquer ordem de preferência)
... de domingar, cumprindo todas as regras que se lhe aplicam.
... das jantaradas e serões caseiros com os amigos, que tanto preenchem a minha felicidade.
... de ser criança e das brincadeiras tão fantasticamente originais (eufemismo para patêgas) que tinha com os meus primos.

... de fechar-me uma manhã e tarde inteiras na cozinha a preparar comidinhas boas aqui para casa, e também para as de alguns amigos.
... da paisagem escarpada, calma, inspiradora e tão pura dos fiordes noruegueses ... de contemplar, em alto mar, uma meia-noite que teimava em não escurecer.
... das férias de inverno com a minha família em conjunto com as famílias Taborda, Pignatelli e Salvado, em Andorra. Aaai! Que saudades tenho daquelas pit stop (bem merecidas) no cimo do Cubil para beber o belo do chocolate quente ...
... dos verões em que a minha quinta se enchia de amigos para tomar uma banhoca ... sim, e também tenho saudades dos lanches que (vos) lhes fazia.
... das rambóias disparatadas durante a Queima das Fitas, em Coimbra ... quando o meu
David ainda era um barrilzinho. (É com carinho, sabes bem, Amizade.)

... daquele momento, nos meus 7/8 anos em que me apaixonei pelo
Top Gun ( = Tom Cruise) e
Dirty Dancing ( = Patrick Swayze) que vi, revi e voltei a ver e revi uma vez mais, na vizinha quinta da minha prima Elsa.
... das histórias cómicas da fictícia Maria Catrapona que a minha tia São contava.
... dos saudosos serões televisivos de MTV em que absorvia por completo o Ray Cokes e o 120 Minutes, que me deram a conhecer bandas tão boas.
... de sentir pela primeira vez, aos 14 anos, butterflies in my stomach (como eu adoro esta expressão!) com um rapaz. O namoro de verão que hoje me deixa feliz não ter ficado enterrado na areia. (Beijinho muito grande, Ricardo).
... da sólida aliança feminina formada por mim, Mónica, Marta, Adriana e Filipas durante os anos da Preparatória e Secundária.

... de ver o meu pai voar ... ... ... ... ... ... ... ... de quando ele nos visitava no cessna 337 ("o que tem dois rabos", como eu costumo dizer) e rasava a quinta beeeeeem baixinho, a balançar as asas para nos dizer "Olá". Eu e os meus irmãos ficavamos completamente doidos, porque ele não se ficava por uma passagem só. Então corriamos a quinta toda até perder o avião de vista.
Acabo de dar sinal verde para a barragem fazer uma descarga, apesar da minha lista mental ainda ser extensa ...
We made our choices
Went separate ways
But I still love you
When I recall those days
When we were together
And we thought
We would fight forever ... together
I guess we choose the best for us
Segui uma rota, ou um caminho supostamente, principal ... meti-me em atalhos, fiz desvios, hesitei nos cruzamentos, desconfiei das autoestradas ... Apercebo-me claramente que a atitude mudou. O caminho é o mesmo ... no entanto, percorro-o com outros olhos. Deixei a bússola de parte. Descobri que é bem mais enriquecedor andar ao sabor do vento, deixar levar-me ... só.